quinta-feira, janeiro 05, 2012

O que me cabe?

Perguntava com os olhos cheios de lágrimas alguma coisa, uma coisa impossível de se responder. Segurei sua mão e pedi que tivesse calma, estavamos sós. Estávamos e isso já era muita coisa naquela época. Queria responde-la, mas a pergunta se perdera no caminho. O Sol brilhava fortemente, tinha de guia-la pela mão, era seus olhos. Andávamos suaves pelas ruas até nos sentirmos cheios demais da sociedade. Voltávamos então para nós mesmos, completando aquela síndrome ser e existir. Estavamos eu e ela, e algo que indiscutívelmente  nos prendia. Queria mais do que a mim, queria o mundo inteiro até se esvaziar de novo. O que podia eu fazer? Soltei sua mão, para ter então aquela parte que me cabia. Cabia-me nessa estória todo seu coração, enfim recebi apenas, toda a sua existência...

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