quarta-feira, maio 14, 2014

A Viagem

Quais lugares do mundo você iria? Me perguntou assim, meio que de pronto, como se essa fosse a coisa mais fácil de responder o mundo. Comecei quebrando a cabeça, mas já tinha alguma coisa em mente.
Fazer um lista, justificar, dar uns porquês, enrolar um pouquinho e pronto!
Não isso não ia me deixar satisfeita e nem ao menos me ajudar a decidir. Sei que preciso pegar a caneta. Tomar as rédeas. Olhar e reconhecer. Não fugir. Aceitar. A felicidade está à minha frente, eu posso estar feliz, eu quero estar feliz.
O que me impede?
O que você quer fazer? É o que todos me perguntam, vou responder então:
Eu quero me sentir perdida e deslocada, para me encontrar. Quero ir para a Índia e ver como a fé pode mover uma nação, como o amor pode construir o Taj Mahal, quero vestir um sari indiano e me sentir linda.
Eu quero ver a beleza natural do mundo na Indonésia, e ver como a mão de Deus pode construir maravilhas indizíveis aos nossos olhos para me sentir tão parte da sua criação como nunca.
Eu quero ver a beleza do olhar humano sobre uma terra em Praga, me sentir em uma terra encantada, cercada de beleza, que resistiu a dor e a espada.
Eu quero ir por aí, quero  me divertir na Austrália, ver a bela Sydney e me encantar com um povo acolhedor.
Rever o amigos e sentir frio, ver bela Alemanha de segredos, de medos e de renovação.
Egito, foi sonho de criança. Piramides e faraós, rio Nilo e revoluções, berço da história, trago essa vontade na memória.
Na Itália vou relembrar, a paz de com o Papa  estar. Comer e também rezar, as mais belas esculturas apreciar. Rever o berço da fé, Terra Santa, peregrinar e sentir, o amor d'Ele por mim.
Inglaterra é pra fechar, a terra dos Beatles visitar, talvez a vida da Rainha bisbilhotar. Ter o sotaque que sempre quis, sonhar com a vida em Paris, mas não posso o mundo rodar, preciso sempre voltar para o meu lugar.
Tem tanto lugares que queria ir, Nova York, Cuba, Argentina. Mas no fim, a verdade é que eu só queria ir. Sem restrições.
Paro e leio o que escrevi, também, meio que de pronto. Fiquei feliz.Sem motivo. Parei e fui ouvir Happy...

"Because I'm happy

Clap along if you feel like happiness is the truth

Because I'm happy

Clap along if you know what happiness is to you

Because I'm happy

Clap along if you feel like that's what you wanna do"



terça-feira, fevereiro 18, 2014

Experimento

Sabe, preciso te contar uma coisa.
Tem dia que a gente acorda com um aperto no coração, dá até vontade de ficar na cama, de gritar, de chorar e não parar mais. Eu to nesse dia. O amago da gente fica cheio escuridão, parece até que toda a tristeza do mundo está numa nuvem sobre a nossa cabeça.
Mas, eu preciso sair, eu preciso ver gente. Não que eu goste muito de gente, mas, às vezes, só às vezes, é preciso vê-las. É preciso toca-las para saber se são reais. Eu duvido muito, só que alguém sempre me diz que devemos acreditar em alguma coisa. Em alguém. Em algo. A vida vai assim, vamos acreditando, desacreditando, descobrindo.
Sou meio de ver e tocar, as sensações - sim, essas que me convencem. Vou descobrindo desse jeito as pessoas e as coisas, preciso tocar nelas. Preciso sentir seus cheiros, e ver seus traços. EU PRECISO EXPERIMENTÁ-LAS. E esse é o meu problema.
Experimentar alguém vai além de conhecer. Quando você faz isso, você mergulha nos mistérios da pessoa, você sente ela, vive ela, você chega tão fundo que nem sei dizer. Aí você volta. E sente falta. Fica triste, Adoece. Chora. E aquela sensação vai morrendo, bem devagar, e você sente aquela vontade de experimentar de novo. E de novo. E de novo. E é tudo sempre tão diferente que eu nunca me canso.
Aí vem meu problema de novo, tem gente que a gente não pode experimentar. É isso mesmo, não pode. Não sei porque, não me atazane, não pode e ponto. E essas são as que mais queria experimentar. Essas que me dão até vontade de imaginar, fantasiar e sonhar. Só que eu acabo me prendendo no sonho, e não descubro nada. NADA.

quarta-feira, janeiro 15, 2014

Efêmera

As palavras só me saem aos dedos, quando as lágrimas me caem aos olhos.
A vida só me sorri no desespero, quando meu coração está cheio de ódio.
Tudo fica cheio, e meu coração vazio
Tudo parece-me feio, me iludo, desconfio
O que poderia ser perfeito?
Sonho, te desafio
Onde está o seu cheiro?
No meu pescoço, reflexo tardio.

A mão já cai da cintura,
Não há mais luxúria,
Não há mais alívio.
Viver é sobreviver
É aprender
É estar no vazio, esperando a hora passar.
Não quero mais esperar
Quero tomar
Libertar!

Os olhos já não mais brilham
O sorriso se fechou
O coração ainda bate
Onde mora meu amor?


Não duvides da poesia,
Ela pode te mostrar
Que a vida é mais sombria
Do que você podia imaginar
Que é vida é tão tardia
Faz você esperar
Que a vida muitas vezes ensina
Basta querer escutar
Que a vida, Oh! A vida
é melhor nem comentar.








segunda-feira, dezembro 16, 2013

Por favor

Por favor, não me confunda,
não me deixe duvidar.
Por favor me iluda,
não me deixe acreditar.

Por favor, não me ame,
não me deixe apaixonar.
Por favor, não seja infame,
não me deixa acreditar.

Eu vou de encontro ao vento
dançando contra a maré
Vou indo sem documento
até onde Deus quiser.

Venha não se acanhe
não me ame
não me chame
pelo nome
sobrenome.
Ou eu vou gritar

Venha não se apavore
não me devore
e nem se escore
e nem ao menos ore.
Que hoje vou me libertar.






sábado, dezembro 07, 2013

Pra quem tem

Ler ao som de Ô ô e Meu amor é teu - Marcelo Camelo


Seu olhar me parte o coração. O que sobrou daqueles que fomos? Apenas meias palavras e sorrisos de canto. Sua face ainda me agrada, e sim, meu coração ainda bate mais forte,  aliás, você foi aquele que acendeu a chama do amor no coração gelado que tinha. Pegunto de novo, o que sobrou daqueles que nós fomos? Queria poder ver um sorriso sincero em seus lábios, queria sentir o calor de uma amizade bem delicada. 

O carnaval já foi estragado, faltou carinho entre nós. E qual é a verdade? Eu ainda te amo, sempre vou amar. Não aquele mesmo amor, mais um amor de saudade. Meu amor é teu. Sei que você não o quer, ele fica então no ar, e olha quanta saudade...

Porque tão amargurado? Porque?

Pois é, a saudade é pra quem tem, e vejo ela aqui em excesso em mim... Só um sorriso, um gesto de carinho, de respeito a todo aquele amor, mas não... Não dá-me mais um vez...

E o coração?  Sempre partido....