quarta-feira, julho 20, 2011
Sem título ( ou tudo junto)
O tempo mudou. O que era um simples garoa se transformou em chuva forte. O pote estava vazio. O caminho que antes era leve e suave tornou-se longo e cansativo. A face umedecida pela chuva atrapalhava a visão. Estava incosolável. Nada. O vazio de sempre. E tudo se tornava igual através das palavras. E de novo escutava o zumbido dentro da cabeça. Aquela voz de novo. Nem as palavras mais traziam o antigo conforto. Ao som de músicas melancólicas que faziam as lágrimas se misturarem as gotas da chuva. A pilha estava ali de novo. De novo não. Estava sempre ali. Passível de cair. E nunca caia tudo de uma vez. Era sempre aos poucos. E via o caminho. Ainda longo. Ainda cansativo. E sem nenhuma consciência do que era escrito, escrevia. Como se cada letra alivisse a pilha. Ou abrandasse a chuva. Ou encurtasse o caminho.
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
Nenhum comentário :
Postar um comentário