domingo, julho 17, 2011

O Caminho

Olhava pra trás e via o quanto tinha deixado pelo caminho. Tinha que seguir um caminho. E quem determinava isso? E se quissese parar e esperar alguém? E foi o que fez. Sentou a beira do caminho e não olhava para trás, ao que tinha deixado, olhava para o relógio de pulso. Tic. Tac. Não queria mais saber o que havia deixado pelo caminho, só esperava. Quanto tempo demoraria? Olhava os ponteiros do relógio firmemente, como se sua jornada dependesse disso. E dependia. Tudo estava passando. E ainda assim esperava. Longos minutos. A espera já cansava muito, quanto tempo ainda? E passou. Um sorisso invadiu a face cansada. Todo aquele ar com cheiro de derrota se dissipava aos poucos,até que. Não. Não esperou. Passou reto. Deixou pra trás. Os olhos não acreditavam. Tanta espera e nada. Nada. Vazio. Estava sozinha no caminho. Porque tinha esperado? Ou por quem? Não valeu a pena no final. E agora? Voltaria e colaria seus pedaços pelo caminho? Ou correria atrás? E continuou senta ali, a beira do caminho. Com mil ideias. E nenhuma certeza.

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