quarta-feira, agosto 03, 2011

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Queria saber o valor das coisas. Mas que coisas especificamente? Das coisas que acreditava. Não apenas o valor que realmente tem, esse é conhecido. E o valor que os outros lhe dão? Importa? Importa. E tentava descobrir. Queria voltar. Tinha saudades de um tempo desconhecido. Quando todos eram ingênuos. Sim, sabia que não podia voltar atrás, e que essas coisas machucariam, e daí? Só queria voltar, não se pode acreditar no melhor? Não, não é mesmo? Responda. Dedicava-se por lembrar desse tempo, dessas memórias, dessas histórias. E quanto mais lembrava, mais doía. Não volta mais. Ninguém mais era igual. Todos agora machuvam. Todos? Todos. Uns mais que outros. Algumas coisas mais que outras. E a que mais doía era a que mais trazia boas lembranças. Boas? Nem sempre, mas ainda sim boas. E o que resta agora? As lembranças? As ideias? As discussões? Talvez o amor? Talvez só perguntas sem respostas. Será?

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