Ficou tudo meio cinza meio que inesperadamente. Quis então entregar-me ao vazio do silêncio e pensei em tudo aquilo que eu podia lembrar. Vinha meio que queimando um fogo no meu coração, ardendo, deveria eu desistir? Esse fogo ia acabando com tudo, com as esperanças, medos, incertezas, objetivos; ficou tudo vazio então, clamando um conserto. Foi assim que o cinza de estabeleceu. Soberano, e com mérito, quase que legitimo. Vacilei, querendo entregar meu coração a qualquer coisa, empenha-lo em qualquer trabalho, esse foi o grande erro. Agora ando pela cidade e vejo tudo diferente, sinto diferente, como se tudo fosse breve demais para ter algum significado, e é assim que eu sinto o mundo agora.
Tentei não me importar, e ir embora, fugir de tudo, algo me prendia tão fortemente, como se me pertencesse. Nunca soube a razão, só sentia e via toda aquela injustiça e indiferença, obrigada a não pensar. Tudo meio que admirável de mais. Novo demais. Funcional. Eu era apenas o 1% fora da curva, orgânica e velha. Cheia de pensamentos e opiniões, emoções.
O cinza foi se dissipando, que cor veria eu agora?
Nenhum comentário :
Postar um comentário