quinta-feira, março 24, 2011

Dar-lhe-ia

Era Azul. O que era azul? Qual sua importância? Porque era? E o que tudo isso significava? Foi ocorreu num turbilhão em sua mente, ao perceber era azul. Queria entender tudo. A existência. O infinito. E cessou. De forma tão rápida com a qual havia começado. Assim, um único pensamento racional invadiu sua mente: "Nenhum dos maiores filósofos da humanidade conseguiram chegar perto do sentido dessas coisas; porque eu, jovem, e de forma inevitável, imatura, conseguiria?" Jovem. Imatura. E se lembrou, vagamente, de um pensamento desses 'grandes mestres':"A juventude é bela como uma flor a desabrochar!". Beleza? Como assim? Todos nós, jovens somos belos? Não, há aqueles que são feios, com seus pensamento medonhos. E até mesmo os belos trazem consigo aquela asquerozidade. Até esses carregam a beleza dentro se si? E se vi novamente cheia de dúvidas. Dar-lhe-ia tudo, até o infinito. O infinito a encontrara de novo. Eu, jovem, imatura, e inevitávelmente, tola. Percebia que passaria toda aquela existência ,e até, a inexistência tentando compreender seu precioso infinito. Pois este não é divisível. Quando entendesse uma parte logo outra se emendaria. E ao final se tornariam partes emendadas de um tolo finito. E pensou novamente:" Para que entender se, no final, neste infinito, seremos todos um conjunto de existências?!" Cessou. Todos.Existência. E a compreensão apareceu. Somos todos partes do infinito. Partes irrevogáveis. E assim tomo para si o conhecimento de tudo, com ar de satisfação. Ela. Jovem. Imatura. E inevitávelmente, tola. E repeti para que não se esquece-se. Dar-lhe-ia te tudo.

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