terça-feira, novembro 16, 2010

Humana

E ela sempre tornou tudo muito inalcansável. E essas coisas sempre estariam naquela lista das coisas de que jamais iria obter. Tudo em sua ordem. Isso eu posso. Isso não. E quando menos se esperava, uma daquelas coisas cairam em sua frente. Como? E pra onde iria a ordem? Tudo se desfez. E sem aquela perfeição do racionalismo ela se sentiu perdida. Sem chão. Desmoronou. De repente percebeu como tudo em sua vida era monotóno. Nada de grandes aventuras. Nenhuma grande ousadia. Era tudo sempre ali. Certo. Normal. Quadrado. E ela se cansou daquelas somas e subtrações incessantes. Queria dividir. Multiplicar. E então se esqueceu dessa tola matemática e olhou a sua frente. Algo a esperava. Algo que só poderia ter uma única vez. Esqueceu-se de tudo. Respirou fundo. E olhou a sua frente. Deixou seus idealismos de lado. Se atirou a própria sorte. E o medo? Ela o segurou bem forte e seguiu. Para onde? Um lugar onde sua mente não a alçaria. Não queria ser julgada por si mesma. E da forma mais irracional possível, fechou seu olhos. Sentiu seu coração. Elevou seu corpo. E tudo ainda estava ali. Era real. Alcansável. E ela pode sentir como é ser um ser humano.

2 comentários :

  1. Lindo lindo lindo lindo lindo, posso repetir isso mil vezes? *----* Meu favorito, sem dúvida nenhuma.

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  2. Sté, eu simplesmente AMEI. Concordo plenamente com a lulu. Aaaai *-*

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