Escuto o tempo a engatinhar, as horas se arrastarem dentro de mim. Vejo a vida melhor no futuro que não cabe em mim. Ai me cobre essa tempestade, um vendaval. Fico com medo do que vai chover, talvez seja dor!? Mas esse silêncio da noite faz eu imaginar nós dois, como num sonho. Vejo as máscaras caindo e você dizendo quem você é de verdade. O pior é que eu já sabia, amar é um deserto, cheio de tremores. Talvez seja culpa das águas de março que não fecharam o verão. Talvez seja eu. Falta você nessa história, junto a da menina do portão que deixa o Sol bater na janela. Oooh vida!E subo bem alto pra gritar: onde fica a promessa de vida?Não sei. No fim, só sei que as flores de plástico não morrem.
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