sexta-feira, agosto 26, 2011

Mistura

Tornei-me cautelosa. Demais. Talvez por medo, ou por dor. E quis deixar de lado. Deixar aquele sentimento com sabor de felicidade escapar por entre os dedos murchos. Murchos? É por causa da osmose entre minhas lágrimas salgadas. Queria entender mais sobre essa coisa de escrever, de verdade. Mas ainda continuo assim, escrevendo sobre esses flash que me tocam, de forma inigualável. Tocam-me tão intensamente, que é como se sangrassem de tanto tocar. E qual é a consequência? Nenhuma, não há. O que? Nada, talvez seja melhor mudar de assunto, não acha? É que nunca houve um assunto para que fosse mudado. E continua assim. E porque não falar da música? Sim, tão doce e cheia de ranhuras. Posso senti-la em cada parte de meu corpo frio. Entrando suavemente por meus ouvidos, atravesando todo meu ser. E agora? Dispersa-se. Lentamente. Mas que história toda é essa? Nenhuma, é um nada cheio de coisa alguma. Qualquer coisa. Pois é assim que tudo deve ser, uma total falta de lógica. Uma loucura, tão leve que vira brisa suave. É isso, um monte de coisas misturadas. Um caldeirão de ideias.

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