terça-feira, janeiro 18, 2011
A Descoberta
[...] E estava perdida, procurando algo esquecido entre seus desejos e expectativas. E buscava. Apenas buscava. Sem nenhuma esperança de encontrar, ou se quer, uma única expectativa. Estava ali buscando. Naquele tão aconchegante, e até, conhecido jardim. Aquelas flores, sim as flores, olhavam-na com aquele olhar, aquele intimidador, tentando espanta-lá. E a música estava de novo a rodeá-la. O que buscava ali? Não sabia. Nem precisava mais saber. Era a música que importava agora. Não tinha mais que se importar, ou não se importar. Sabia apenas que tinha. Tinha um sei-lá-o-que. Um tanto faz, ou até mesmo um etc. Até que se cansou do tinha e decidiu querer. E o que se encaixaria ali? Era um querer diferente, um querer daqueles de deixar saudades. Um querer de mandar cartas e flores. Era um quase amor. Como assim? Não sabia o que era amar. Seria algo proibido? E lá fundo, quase como se dentro de um baú, algo começou a doer dentro de si. Uma daquelas dores chatinhas, que nem beijo de mamãe sara. E deixou pra lá. Ou pelo menos achou que tinha deixado, e decidiu esquecer. E esquecendo de tudo começou outra vez...
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