quinta-feira, maio 20, 2010

Palavras

O lápis e o papel sobre a mesa fazem com que as palavras assustadas saltem de minha alma. No papel pálido não parecem as mesmas, tem significados diferentes. Perderam a sua essência e agora não significam mais nada nessa língua que desconheço. Tenho pena delas, são manipuladas para servirem aos desejos. Não manipulo as palavras, não quero que falem por mim e sim que façam parte da minha poesia. Quero falar por elas e com elas numa sintonia ímpar e indivisível. Agora se tornam música para meus ouvidos e alento ao coração. Sinto-as como energia que percorre o me corpo, ilumina, afasta-me do tédio. As palavras são a loucura e o delíro presente em minha alma fazem me esquecer de tudo.

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